quinta-feira, 17 de julho de 2008

Almourol na gaveta...

...de onde nunca devia ter saído.

Porque não cria nenhuma reserva de água estratégica.
Porque foi escolhida com base em pressupostos errados.
Porque no último ano o rio Tejo só teve o caudal necessário ao seu funcionamento (700m3/s) durante menos de 24horas (cota 31).
Uma Barragem na planície, em zona urbana, com risco sísmico...?
O abandono do projecto, revela que os técnicos das empresas concorrentes tiveram mais capacidade do que os que colocaram esta hipótese nas 10 barragens escolhidas. A selecção só foi possível devido a um conjunto de erros dos técnicos e em que o dr. Orlando Borges é o principal responsável.

Caso insistam em lançar novo concurso, cá estaremos para mostrar o ridículo a quem o queira ver.

Já algum jornalista se lembrou de tirar umas fotos da zona da Fatacinha?
Será interessante mostrar as magníficas margens de areia e as carradas de pedras colocadas em 1996 pelo INAG para que as margens não desaparecessem.
É uma sugestão.
Se não encontrarem o caminho, digam que eu ajudo.

Cumprimentos antibarragem

Noticia LUSA 2008.07.17 :

"A EDP foi a vencedora do concurso de construção das barragens de Alvito e Fridão caso não surjam razões de natureza administrativa em contrário, disse hoje à agência Lusa o presidente do Instituto da Água (INAG), Orlando Borges.
"Se não houver razões de natureza administrativa em contrário, a EDP é a vencedora, uma vez que o critério financeiro é determinante" neste concurso e a EDP foi a concorrente que ofereceu valores mais altos, que totalizaram os 161,7 milhões de euros para as barragens de Alvito e Fridão, adiantou Orlando Borges.
O júri do concurso vai agora fazer um relatório e consultar os restantes concorrentes à construção da barragem de Fridão, as espanholas Unión Fenosa, Iberdrola e Endesa que apresentaram propostas que variaram entre os 80,001 milhões de euros e os 20 milhões de euros. Segundo o presidente do INAG, não havendo contestação dos concorrentes vencidos ou problemas administrativos com a proposta da EDP, a construção da barragem será adjudicada à empresa portuguesa dentro de "oito a quinze dias".

Quanto à barragem de Almourol, que não teve nenhuma empresa interessada na sua construção, Orlando Borges disse que ainda vai ponderar se é atractivo fazer um concurso autónomo apenas para esta barragem.
"Vou fazer uma ponderação das razões de atracção, estudar se a barragem só por si tem condições de atracção e de um concurso" autónomo, afirmou o presidente do instituto, adiantando que a decisão vai ser tomada nas próximas semanas.

O concurso de construção das barragens de Alvito, Fridão e Almourol, cujas propostas foram hoje abertas, resultou num valor de encaixe superior ao esperado pelo Instituto: "Ultrapassou as nossas expectativas do ponto de vista de encaixe", afirmou Orlando Borges.
O Governo aprovou no início de Dezembro o Programa Nacional de Barragens, que contempla a construção de 10 novas centrais hidroeléctricas: Foz Tua (rio Tua), Pinhosão (Vouga), Patroselos, Vidago, Daivões, Fridão e Gouvães (Tâmega), Girabolhos (Mondego), Alvito (Ocreza) e Almourol (Tejo). Este plano prevê a mobilização de um investimento total de 1,14 mil milhões de euros e visa aumentar a produção de electricidade em Portugal até 7.000 megawatts. "

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